O atual
Reitor, hoje candidato pela Chapa 2, planejou desde o ano passado a consulta
para reitor de 14/6 com percentuais de 70/15/15.
Nesta
reunião o Reitor comunicou as entidades da comunidade universitária (ASSUFRGS,
ADUFRGS e DCE) que uma Nota
Técnica do MEC impedia a UFRGS de
realizar eleição que não fosse dentro do percentual de 70/15/15. A menos que a
UFRGS alterasse seu Estatuto no dispositivo que determina a consulta quando da
elaboração da lista tríplice.
Na mesma
reunião, o Reitor deixa claro que não aceitará fazer acordos com outros
candidatos para levar a cabo uma eleição mais democrática. Não quis também,
apresentar a proposta de alteração do Estatuto ao Conselho Universitário.
Porque se o fizesse e contando com a imensa maioria que o apóia, certamente a
alteração estatuária aconteceria e a UFRGS teria uma eleição com percentuais
mais democráticos.
Finalmente, o Reitor anunciou uma Comissão
Especial do CONSUN que, contrariando as finalidades anunciadas, se manifestou
contrária a alteração do Estatuto da UFRGS para permitir uma eleição com
percentuais mais democráticos. (Relatório
da Comissão Especial ).
Por outro
lado, mas dentro da estratégia, a ADUFRGS se apressou a fazer uma enquete,
perguntando a seus associados se concordariam que a UFRGS alterasse seu
Estatuto (informativo
da ADUFRGS, divulgando a pesquisa). Segue a pergunta e os resultados:
A pergunta: Você é a favor de retirar a frase:
"incluirá consulta à comunidade universitária" do Estatuto da
UFRGS"?
Resultados: Sou favorável à retirada da frase:
Número de respostas: 64
Percentagem de
respostas: 13%
Sou contra a retirada da
frase:
Número de respostas:
432
Percentagem de
Respostas: 85%
Sou indiferente a
retirada da frase:
Número de respostas:
14
Percentagem de
respostas: 3%
O passo
seguinte da estratégia era no CONSUN. Quem viu a reunião até se comoveu com a
veemência dos discursos de quem era contrário a alterar o Estatuto. Diziam que
“este dispositivo é um avanço na nossa Universidade". A consulta à
comunidade, diziam, "foi incluída no Estatuto à uma época em que isto era
impensável". "Não devemos alterar nada" - foi a tônica das falas
no CONSUN. Isto tudo, apesar da defesa, feita pelos representantes dos
técnico-administrativos e estudantes, demonstrando que tal dispositivo foi
importante em outra conjuntura. Hoje, argumentaram alunos e funcionários, tal
dispositivo é um entulho à barrar a democracia universitária. (ata 1143 do
CONSUN).
O resultado
só poderia ser um: o CONSUN manteve o
dispositivo com 49 votos a favor, 12 contrários e 2 abstenções, sendo que o
outro candidato – chapa 2 – estava
dentre esta maioria acachapante.
Depois
disto, em outra reunião somente se preocuparam em aprovar o regimento eleitoral
para 2012, onde constou a fórmula com o peso de 70/15/15.
Diante destes fatos todos,
documentados, fica claro quem é contrário à democracia na UFRGS e quem faz uso
do autoritarismo:
O atual reitor da
UFRGS, que hoje é o candidato da chapa 2, mostrando subserviência à
interferência do MEC na autonomia da Universidade. Ele que em 2008 foi eleito
através de acordo, com a vigência das mesmas normas de hoje, as quais reputa
como limitadoras de qualquer alternativa foras dos 70/15/15. Ele, ao se
recusar, então, a encaminhar uma proposta ao CONSUN, alterando o Estatuto da UFRGS.
A Comissão Especial do
CONSUN, servil, ao extrapolar de suas atribuições e propor que não fosse
alterado o Estatuto da UFRGS.
A maioria do CONSUN,
domesticado pela Reitoria, que não
aprovou a proposta de alteração apresentada pelos técnico-administrativos e
alunos. Dentre esta maioria, não se pode deixar de citar, um professor que é candidato hoje pela chapa
1.
Finalmente, supondo que legítima e
representativa a consulta feita pela ADUFRGS, os professores da
UFRGS que, ao que parece, abandonaram a luta pela autonomia e democracia
universitária.